Imagine a cena: você está dentro de um avião lotado e seu filho começa a chorar. Agora me diga: não é a situação mais comum do mundo? Quando o assunto é maternidade, choro vem no pacote. E vamos nos acostumando a tirar de letra momentos de negociação com os pequenos que envolvem a forma de comunicação mais conhecida deles: as lágrimas. No entanto, choro e criança têm se tornado cada vez mais um grande tabu. Quer um exemplo? Nos Estados Unidos, é cada vez mais usual ver mães distribuindo kits de doces e um pedido de desculpas caso a criança faça barulho. Já pensou se vira moda aqui?

Pois um mãe foi às redes sociais se manifestar contra essa prática e não consigo deixar de concordar com ela:

"Tirar doces de criança é fácil, mas não há qualquer razão para que os pais os distribuam a estranhos em um avião com o objetivo de ‘comprar’ a cooperação de outros passageiros, caso o filho não se comporte como desejado", diz a jornalista Cassie Murdoch, no texto-desabafo publicado no site Mashable

Mãe de gêmeos, Cassie diz que é fácil encontrar nas redes sociais fotos e vídeos dos saquinhos, que costumam conter guloseimas, fones de ouvido e uma cartinha - falando da idade da criança e com os pais se desculpando antecipadamente por qualquer incômodo. Para ela, ainda que a intenção dos pais seja boa, o ato pode passar uma mensagem equivocada.

“Os saquinhos podem criar a falsa expectativa de que, toda vez que se embarcar em um avião onde tenha alguém com crianças, esta pessoa lhe deva desculpas. Além disso, eles enviam a mensagem de que você deve se sentir mal por ter um bebê, que age como um bebê, quando, na verdade, não devemos”, argumenta.

Cassie diz ainda que, muitas vezes, os adultos também podem ser inconvenientes em aviões, e as pessoas acabam lidando com isso. Para finalizar  o texto ela ressalta: “Vamos tentar ser o mais agradável possível e lembrar que, não importa o quanto uma criança é irritante para você, a situação é, certamente, uns 150% mais desconfortável para os pais dela”.

Estou super de acordo, Cassie. E você, o que pensa sobre isso?