Você já pensou em encarar uma viagem ao interior de uma caverna com as crianças a tiracolo? A jornalista Daniela Folloni, mãe de Isabela e Felipe, não só pensou como concretizou a aventura e contou tudo sobre a empreitada em seu site, o It Mãe. Apaixonada como sou por viajar com a Donatella, não pude deixar de me entusiasmar com a coragem dela. E mostro aqui um pouco do que a Daniela achou do passeio.

O destino foi o PETAR – Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira, que fica a 320 km de São Paulo, perto da cidade de Iporanga no extremo sul do estado,e a hospedagem escolhida foi o Gamboa Eco Refúgio, que auxiliou na contratação dos passeios, feitos por guias autorizados.

"No PETAR, há diversas cavernas para conhecer e é preciso agendar a visita com certa antecedência, pois há um limite de pessoas que podem entrar na caverna de uma só vez. São formados grupos em média de 20 pessoas. Só quando um grupo sai da caverna é que pode entrar outro", alerta, Daniela, lembrando que, para chegar às cavernas do parque, há uma trilha de dificuldade fácil.

Na hora da exploração do local, é preciso colocar um capacete com lanterna, já que o interior das cavernas é escuro. 

"Por esse motivo, aliás, que recomendo o passeio para crianças acima de 6 anos, que já entendem mais e encaram a aventura como diversão. Meus filhos, a Bela, que tem 8 anos, e o Felipe, 6, adoraram", avisa.

Quem acha que caverna é tudo igual, se engana! 

"Cada uma que visitamos tinha uma surpresa. Na caverna Água Suja, você anda a maior parte do tempo com água na cintura. Em um determinado local, o teto parece fazer o formato de um golfinho e há impressionantes estalactites e estalagmites, que estão há milhões de anos. Já na caverna do Couto, há uma cachoeira e várias passagens estreitas que atravessamos com a orientação do guia. Há muito mais cavernas para conhecer, como a Santana, que é bem grande – recomendo ficar cerca de cinco dias para ver as atrações principais", diz.

Veja aqui algumas dicas da jornalista:

- Prefira conhecer o PETAR nos meses de calor para poder aproveitar o banho na cachoeira do Couto, na porta da caverna, pois a água é muito gelada.

- Além da piscina, a pousada escolhida, que tem acomodação simples, conta com uma vantagem e tanto: o local monta os lanches para levar na trilha, já que os passeios podem levar um dia inteiro.

- O esquema é dormir cedo, acordar cedo e aproveitar bastante o dia ao ar livre em contato com a natureza. Na mochila de passeio, não pode faltar protetor solar, repelente, toalha e uma troca de roupa para as crianças usarem na volta das aventuras que muitas vezes incluem água. Também é super importante levar um lanche e uma garrafinha de água para hidratar. 

- Além das cavernas, vale a pena fazer o boia-cross no rio. Escolhemos uma corredeira de nível 1, mais fácil, e fizemos um percurso delicioso. 

- Vale ainda, na ida ou na volta de Iporanga, conhecer a Caverna do Diabo, a mais famosa e com mais estrutura. Há algumas luzes dentro da caverna e uma passarela – o que torna o passeio bem acessível a todos. As formações ali dentro são indescritíveis e há muitas lendas a respeito da caverna que os guias adoram contar. Muito divertido.

Demais, né?