Nunca é demais conversar com as crianças sobre as diferentes culturas do mundo, as milhares de crenças que existem, os mais distintos valores que as pessoas podem ter. Falar sobre como está tudo bem ser diferente e sobre como o caminho para uma sociedade justa e em paz passa pela aceitação do diferente é mais que assunto de criança: é fundamental. Algumas pessoas são altas, outras baixas. Umas gordas, outras magras. Umas pretas, outras brancas, outras têm olhos puxados, algumas têm cabelos laranja, outras totalmente brancos (e nem são velhinhas!).

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Há quem não possa enxergar, quem tenha dificuldade para se locomover, quem precise de mais ajuda e paciência para entender o que está acontecendo ao redor. São muitos os tipos de pessoas que vivem por aí, e todas elas merecem nosso respeito e gentileza. Confira abaixo quatro filmes que falam sobre aceitação e igualdade para introduzir esse assunto tão sensível de maneira lúdica e até divertida: com a família no sofá e pipoca no colo.

A cor do paraíso: 

Este filme iraniano conta uma forte história sobre a não aceitação da deficiência. Mohammad é um menino cego que frequenta uma escola especial para crianças como ele em regime de internato. No início das férias, o pai aparece na escola, mas não para buscá-lo. A esperança de Hashem, o pai, é a de poder deixá-lo sob o cuidado dos professores mesmo durante o período destinado ao lazer com a família. O motivo: viúvo, Hashem está de casamento marcado e tem medo que a cegueira do filho seja, para a família da noiva, motivo de desfazer a futura união. Disponível aqui. Classificação livre.

Hoje eu Quero Voltar Sozinho

O primeiro brasileiro da lista, este filme também tem como protagonista um menino cego, mas há outro assunto tratado neste enredo: a homossexualidade. Diferente de A Cor do Paraíso, Hoje eu Quero Voltar Sozinho é um filme bem mais leve, que conta a história de um menino cego que se descobre apaixonado por um novo colega de classe. O mais legal é que tudo é tratado com muita naturalidade. A rotina do menino cego é cheia de independência e a sua paixão por outro menino é como qualquer outra paixão adolescente. Disponível na Netflix. Classificação 12 anos.

Cores e Botas
Outro brasileiro! Este curta de 15 minutos conta uma história que se passa na década de 1980. Como boa parte das meninas da época, Joana tem o sonho de ser paquita. O problema? Ela é negra, bem diferente das meninas brancas selecionadas para dançar ao lado da Xuxa. Para falar sobre raça, representatividade e bullying. Disponível aqui. Classificação livre.

O Sonho de Wadjda
Esse filme dirigido por uma mulher saudita - o que, por si só, já é bem legal! - faz um mergulho na cultura árabe, mostrando diversos aspectos da vida dessas pessoas que estão tão longe do Brasil geográfica e culturalmente. A história de Wadjda é sobre um desejo de criança que pode parecer simples: ter uma bicicleta. Mas, no seu país, essa brincadeira é privilégio apenas dos meninos. Classificação livre.