Cada vez mais cedo as crianças entram em contato não apenas com a Internet, mas com as redes sociais. Aqui em casa ainda não lido com essa questão no dia a dia pois a Donatella tem pouco mais de dois anos, e o uso que ela faz da Internet é limitado a alguns jogos e desenhos em aplicativos fechados para crianças. Mas, à medida que crescem, os filhos querem interagir com o mundo virtual e com os amigos que chegam cada vez mais cedo às redes sociais. Por isso é preciso estar bem informado para encontrar o meio-termo entre deixá-los viver a realidade online, presente na vida deles desde que nascem, e cuidar para evitar problemas e uso excessivo.  

A Academia Americana de Pediatria (AAP) divulgou resultados de um estudo sobre o impacto que as mídias sociais têm nas crianças. Embora existam benefícios, incluindo acesso a informações, pode haver graves desvantagens devido a todo esse compartilhamento - especialmente no início da adolescência.

O estudo mostra que, nos Estados Unidos, 22% dos adolescentes acessam suas redes sociais favoritas mais de 10 vezes por dia e que 75% possuem telefones celulares. Esse nível de engajamento aumenta os riscos do cyberbullying, "depressão do Facebook" (um fenômeno novo em que o "desapontamento" e o bullying levam a sintomas de depressão), além de exposição a conteúdos inapropriados. 

A própria organização divulgou algumas dicas de como monitorar a vida dos filhos na Internet e nas redes sociais - assim como precisamos orientá-los no "mundo real", devemos fazer o mesmo quando o assunto é o universo digital.



Veja 5 dicas:

1. Facebook não é permitido para menores de 13 anos:
Você sabia que ninguém com menos de 13 anos pode criar uma conta no Facebook? No entanto, não há nenhuma maneira concreta para o Facebook impor esse limite, porque qualquer pessoa pode mentir sobre o ano de nascimento. Você precisa ter certeza que seu filho não criou uma conta na rede social antes dos 13 anos - ou até que você fique confortável com o fato de ele ter uma identidade no Facebook - o que pode ser depois dessa idade.

2. Crie regras básicas
Se seus filhos tiverem idade suficiente para usar o computador por conta própria, eles também têm idade para entender que existem regras a serem respeitadas. A melhor maneira de as famílias concordarem com as regras básicas é criar um "contrato" entre todos. O ideal é que pais e filhos tenham uma discussão aberta sobre o que essas regras significam - e cumpri-las.

3. Saiba quais são os hábitos do seu filho
Você não precisa se comportar como detetive e espiar os movimentos online de seu filho, mas é importante estar ciente dos tipos de sites que ele frequenta e das pessoas com quem ele está se comunicando. Você conhece os amigos que ele está saindo na escola - e seus amigos on-line não devem ser diferentes. Uma das regras deve ser que você tenha acesso aos seus amigos do Facebook e possa dar uma olhada quando desejar.

4. Monitore as imagens que seu filho publica
Se seu filho quiser compartilhar fotos com amigos por e-mail ou redes sociais, certifique-se de saber quais fotos estão sendo postadas. Tenha certeza de que o conteúdo da foto é completamente inofensivo (para a própria criança, seus amigos e para sua família) e que não há locais identificáveis em segundo plano.

5. Mais importante: seja um bom exemplo de como usar as mídias sociais
Se você está postando e atualizando sua página do Facebook a cada minuto ou aproveitando todas as oportunidades para "apenas verificar algo", você está definindo um precedente sobre o uso de redes sociais que seu filho irá seguir. Lembre-se de se perguntar se você está dando um bom exemplo e demonstrando a etiqueta de tecnologia adequada também.