Todo mundo conhece pelo menos uma criança que sabe dizer o nome, listar hábitos e descrever características físicas de dinossauros como se fosse um mini-paleontólogo. A paixão pelos imensos animais extintos aparece, geralmente, entre os 2 e os 6 anos de idade - janela em que um fenômeno chamado pela psicologia de interesse intenso tem maior incidência.

É nessa idade que cerca de um terço das crianças desenvolve uma espécie de obsessão por algum tema. Os mais comuns são veículos (aviões, trens, carros…) e o mundo animal, mas qualquer assunto pode ser alvo dos pequenos investigadores. Embora seja difícil dizer por que isso acontece e quando exatamente o interesse surge para cada criança, há hipóteses que indicam algumas causas.

 

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A satisfação de saber mais que um professor, um irmão mais velho ou mesmo os pais pode estar entre elas. A criança se sente potente, especial e inteligente - e esse sentimento retroalimenta a vontade de estudar e aprender. É assim que o interesse intenso acaba se tornando um catalisador no desenvolvimento de habilidades importantes.

Um estudo realizado pelas universidades de Indiana e Wisconsin, nos Estados Unidos, apontou que crianças com interesses intensos desenvolvem mais memória, são mais questionadoras, tem mais capacidade de foco e determinação. Trocando em miúdos, uma criança com interesse intenso desenvolve maior potencial para se tornar um grande estudioso. Mas é preciso prestar atenção nos pitocos. Se não, a onda passa rápido.

Um estudo da Universidade de Virgínia, também dos Estados Unidos, acompanhou 177 crianças e seus interesses intensos, que duraram de 6 meses a 3 anos apenas - um período que pode se estender por muito mais se os pais participarem da paixão e estimularem as crianças a seguir aprendendo. Partiu abrir os livros?