Uma ideia simples e muito criativa para dar amor e turbinar as forças da criançada que combate o câncer, o lábio leporino e problemas renais e cardíacos. Idealizadas por Fernanda Candeias, as Bonecas de Propósito são bem mais que um brinquedo: elas são um instrumento de identificação e conforto.

 

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Além das dores e dos medos, as rotinas de cirurgias e tratamentos hospitalares podem isolar bastante os pitocos. Os cabelos que caem com a quimioterapia ou a cicatriz no peito depois de uma cirurgia cardíaca podem fazer com que as crianças sintam que são diferentes e que isso não é lá muito bom. Para ajudar na elaboração dos sentimentos frente às doenças e fazer uma companhia super especial para esses pequenos guerreiros, as Bonecas de Propósito são feitas à imagem dos seus donos.

Os meninos e meninas que recebem o presente têm suas características incorporadas nos corpinhos de pano. Cabelos e pele parecidos, sim, mas mais que isso. Para quem operou os rins, os bonecos vêm com uma abertura nas costas de onde sai uma almofadinha vermelha em formato de feijão toda enfeitada. É a representação da cicatriz e do órgão que ficou doente. As que lutam contra o câncer recebem bonecos carequinhas e sorridentes, além de acessórios como perucas e gorrinhos para dar uma repaginada no visual quando der vontade.

Só no projeto Pró Criança Cardíaca, instituição fundada pela Dra. Rosa Celia no Rio de Janeiro em 1996, já foram entregues 220 Bonecas de Propósito desde 2014. Hoje, Fernanda Candeias conta com uma rede de 70 voluntários que doam tempo e amor para costurar, ponto a ponto, as fofurinhas como a Alice, que é a Boneca de Propósito da Kannanda, de 3 anos.

"A Alice não foi um presente só para ela. A boneca fez o bem da família toda. A história de vida da Alice é a mesma história de vida da minha filha. Quando ela mostra a boneca para as pessoas, refaz a própria trajetória", conta Laura, mãe de Kananda, que diz o seguinte sobre a sua companheira: “a Alice operou o coração e papai do céu a curou. Ela tem a marquinha do amor igual a minha”. Saiba como colaborar no site do projeto