Nada de brinquedo. Nada de eletrônicos. Nada de amigos ou adultos. Que tal deixar seu filho brincar sozinho por um tempo. Sim! Brincar sozinho faz bem - e muito. Especialistas revelam que essas horinhas em que os pequenos ficam entretidos com atividades que eles mesmo criam são fundamentais para o desenvolvimento de sua autonomia, concentração, confiança e imaginação. E mais: não são apenas eles que saem ganhando. Esses momentos são perfeitos para nós, pais, também. Quer saber por quê? Eu explico aqui:

1) A criança que brinca desenvolve melhor habilidades de pensamento e raciocínio. 

2) Brincar consigo mesmo ajuda nosso filho também a desenvolver outros atributos, como a autoconfiança, o autoconhecimento, a autonomia, a independência e a imaginação. Uma criança capaz de brincar sozinha é muito mais centrada, tem controle maior de seus atos e se destaca das outras crianças no seu comportamento com a sociedade. Às vezes pensamos que não desenvolve habilidades sociais, o que é falso, explica a psicóloga infantil Lorena Jiménez. Ela afirma que seus filhos devem primeiro construir um mundo para depois se comunicar e interagir com os outros.

3) Quando estimulamos que nossos filhos brinquem livremente, sem necessidade de mediação e objetos previamente destacados para isso, permitimos que eles se guiem pelos seus próprios instintos, aguçando a criatividade inata da infância. Sem regras, sem limites ou rigidez.

4) Para os pais, esses momentos são fundamentais também. Sabe aquela hora em que você precisa de um tempinho pra resolver alguma coisa ou que deseja simplesmente assistir a sua série ou terminar de ler o capítulo de um livro ou então apenas tomar um banho? Acostumar a criança a brincar sozinha é um aliado enorme nessas horas.

5) Outro ganho desse tipo de experiência para os pais é a oportunidade de observá-las e conhecer seu nível de desenvolvimento nos aspectos moral, social e emocional. Os diálogos criados durante essa atividade refletem como está o mundo da criança. É necessário estar atento à conversação que ela cria imaginativamente, através da qual é possível avaliar as situações que estabelece.

Quem aí vai ficar só observando? Eu vou correndo lá ver a Donatella em seu mundo de imaginação e brincadeiras.