Se você é o caçula da família, vai gostar de saber do resultado de mais uma desses estudos que vez ou outra pipocam na Internet. Dessa vez, a pesquisa, realizada com apenas 1,8 mil pais e mães, aponta que os filhos mais novos são os mais mimados. Mais um clichê? Mais um "achismo"? Desconfio que sim. Ainda tendo a crer que a ordem de nascimento dos rebentos não estimula preferência por um ou por outro e sim apenas momentos diferentes para se exercitar o a maternidade. Você concorda?

Conforme o estudo, realizado pela Bounty, especializada em oferecer suporte a grávidas e familiares, 59% dos pais e mães ouvidos pela pesquisa tendem a ser mais permissivos com os mais novos em pelo menos 59% dos casos, dedicando a eles mais tempo, como leituras, mimos, guloseimas e carinhos.

“Em diversos tipos de cenário, os pais favorecem os filhos mais novos”, disse Lisa Penney, da Bounty. “Deve ser porque eles são considerados o bebê da família, porque são mais exigentes ou simplesmente porque acham que as crianças precisam de menos atenção conforme vão ficando mais velhas”.

Isso não quer dizer que os mais velhos costumam ser deixados de lado. Os pais que participaram da pesquisa da Bounty afirmaram, em 64% dos casos, ter mais afinidade e interesses em comum com os mais velhos quando trata-se de uma conversa qualquer ou assunto familiar, por exemplo.

Além disso, os mais velhos costumam ser os mais transparentes – pelo menos em 63% dos casos. Dedicar menos tempo a eles é fruto de um outro dado importante: os pais consideram os primogênitos mais fáceis de serem disciplinados (53%). É como se eles já soubessem como encarar as dificuldades da vida por si só.

Isso dá aos mais velhos outro benefício: responsabilidade. Significa que podem ajudar nos afazeres de casa – mas também que podem ter o domínio do controle remoto, com apoio dos pais.


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“O estudo mostra definitivamente que há grandes benefícios em ser o mais velho ou mais novo da família”, complementa Penney.

E quanto ao filho do meio? Pode não ter a atenção do mais novo, nem a liderança do mais velho – mas pode ser o mais bem-sucedido de todos.

As pesquisadoras Catherine Salmon e Katrin Schumann dedicaram uma obra inteira para entender o fenômeno do filho do meio.

Em “The Secret Power of the Middle Children” (“O Poder Secreto do Filho do Meio”), elas escrevem: “Filhos do meio possuem menos contato com os pais quando saem de casa, recebem menos investimento dos pais (tanto financeiramente, quanto em relação ao tempo) e são mais ligados aos amigos”. Assim, eles se tornam mais independentes e vão em busca de seguir suas carreiras, com pouca interferência da família.

E você? O que você acha disso tudo?