O país só precisou de quatro anos e uma inteligente lei fiscal para conseguir esse feito. A Universidade do Chile foi a responsável pelo estudo que chegou ao número do sucesso da lei do Imposto Adicional às Bebidas Açucaradas (IABA): 21,6% de redução no consumo de bebidas açucaradas desde 2014.

A lei estabeleceu que o imposto pago sobre produtos não alcoólicos contendo colorantes, aromatizantes ou edulcorantes comercializados no Chile subisse de 13% para 18% para todas as bebidas com 6,25g (ou mais) de adição de açúcar para cada 100ml. Mas o pulo do gato não foi só deixar a bebida açucarada mais cara.

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A lei também criou uma alíquota de imposto menor: as bebidas com adição menor que 6,25g/100ml deixaram de pagar os 13% e passaram a pagar 10% de imposto. Isso fez com que gigantes como a Coca-Cola diminuíssem a quantidade de açúcar nas suas fórmulas para encaixar seus produtos na menor alíquota possível. 

O governo de Michelle Bachelet (autor da IABA), encomendou recentemente outro estudo à Universidade do Chile. Chamado de Avaliação Sobre a Aplicação de Impostos a Alimentos com Nutrientes Nocivos para a Saúde no Chile, em tradução livre, o estudo quer expandir a ideia de maior taxação para alimentos ricos em gorduras saturadas, sódio e calorias.