Olha só que boa notícia. Após cinco décadas do estudo Desenhe um Cientista, realizado nos Estados Unidos com milhares de crianças, as mulheres agora aparecem em 28% das representações, contra menos de 1% em anos anteriores. A notícia foi pauta do site G1.

Desde os anos 1960, o estudo é feito em escolas públicas dos Estados Unidos. Funciona assim: os pesquisadores pedem que crianças desenhem um cientista, com o objetivo de analisar a percepção delas sobre a ciência, verificar os estereótipos associados e a compreensão que os pequenos têm da área. O bacana é que a representatividade feminina só tem aumentado, segundo estudo da Universidade de Northwestern.

Dentre os estudos realizados entre 1966 e 1977, menos de 1% das 5 mil crianças analisadas desenhou uma imagem parecida com uma mulher. Os desenhos descreviam quase exclusivamente homens trabalhando dentro de um laboratório, muitas vezes com aventais, óculos e pelos faciais. Já nas pesquisas realizadas entre 1985 e 2016, 28% das crianças desenharam uma cientista mulher. Em geral, meninas costumam desenhar mais mulheres cientistas. No caso dos meninos, embora a representação feminina tenha aumentado, eles costumam desenhar mais homens. Abaixo, um dos desenhos que consta no estudo.

"As crianças ainda desenham mais homens do que mulheres cientistas em estudos recentes, mas isso é esperado porque as mulheres continuam sendo uma minoria em vários campos da ciência", disse Alice Eagly, coautora do estudo e professora na Northwestern, em nota.

O estudo é a primeira revisão sistemática e quantitativa da literatura do "Desenhe um cientista" e combina resultados de 78 estudos com 20 mil crianças nos EUA.

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