Toda criança, independente de onde mora ou de suas condições socioeconômicas, tem direito ao contato com a natureza. Entretanto, infelizmente, não é o que acontece e o que se vê em muitos lugares pelo mundo. Nós moramos em Santa Catarina, em um lugar perto do mar, então estamos sempre em contato com a natureza. Mas, principalmente em grandes cidades, muitas crianças vivem apenas em ambientes fechados, seja em apartamento ou dentro da escola.  

Margaret Lamar, diretora de Iniciativas Estratégicas para a Children And Nature Network, escreveu um texto sobre a importância de as pessoas agirem em conjunto para conectar todas as crianças à natureza. Segundo ela, já é possível notar em algumas cidades dos Estados Unidos o trabalho conjunto entre comunidades para trazer a beleza e a natureza para as crianças. Veja abaixo os exemplos citados por ela:

- Em Oakland, o East Bay Regional Park District conduz "passeios multiculturais" para que pessoas das comunidades chinesa, coreana, afro-americana e latina vivenciem os parques por meio de intercâmbio e diálogo cultural.

- A Biblioteca Sun Ray "Nature-Smart", em Saint Paul, usa o tempo para história em quatro idiomas (somali, hmong, espanhol e inglês), como trampolim para experiências familiares na natureza em um parque adjacente.

- Em Chicago, o "Space to Grow" transforma os pátios escolares em belos e funcionais espaços para brincar, aprender, praticar jardinagem e criar novas maneiras para que crianças, famílias e idosos possam estar ao ar livre. E também para que as comunidades afro-americanas e latinas possam compartilhar campos de futebol e quadras de basquete de novas formas.


Ela ainda ressalta que, cada vez mais, essas crianças não se sentem bem-vindas ou seguras em parques públicos por não acharem que estes locais pertencem a elas, o que é muito triste, já que os parques sempre foram adorados pelos pequenos. 

A experiência reduz o estresse e promove uma sensação essencial de bem-estar, além de incentivar atividade, cooperação, criatividade e uma maior conexão familiar. Estar em contato com a natureza, segundo Margaret, dá a pessoa o sentido de pertencer a algum lugar.