As histórias são muitas. Desde demissão no retorno da licença maternidade até o sentimento de inadequação ao ver que a carreira de pesquisadora parece não combinar com a de mãe. A falta de um olhar atento para as necessidades específicas de uma mãe cientista está no cerne desses problemas. Muitas universidades afirmam que a decisão de ser mãe impede que a mulher dedique-se inteiramente ao academicismo, e elas passam a ficar de lado. E como é para os novos papais? 

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No minidocumentário Fator F, que debate esse assunto e está disponível na íntegra abaixo, o professor Felipe Ricachenevsky responde: “Se tu não cumpre um compromisso porque tu tá com a tua filha, que paizão que tu é! E se tu cumpre? Bom, a mãe vai estar lá”.

Participação em eventos e desenvolvimento de pesquisa internacional, por exemplo, ficam complicadíssimos para as mães, que não têm nenhum tipo de auxílio para, por exemplo, levar os filhos consigo.

A pesquisadora Fernanda Stanisçuaski pondera que é preciso uma enorme mudança social de entendimento para que a responsabilidade pelos filhos deixe de ser exclusividade das mães, mas enquanto isso não acontece, o projeto Parent in Science, coordenado por ela, levanta dados sobre o perfil das mães na ciência e também investiga maneiras de conseguir financiamentos ou apoios para que as mulheres com filhos pequenos possam seguir desenvolvendo suas pesquisas normalmente.

Em maio, o Parent in Science promoveu o 1º Simpósio Brasileiro Sobre Maternidade e Ciência. Todo o conteúdo está disponível online aqui.