Várias escolas têm procurado ideias inovadoras e soluções criativas para educar os pequenos. Além de transmitir conhecimentos acadêmicos, elas se preocupam em formar sujeitos ativos, capazes de atuar no mundo de maneira criativa e sensível e oferecem aos seus educandos uma formação que valoriza o desenvolvimento de habilidades e competências transformadoras.

A Ashoka e o Instituto Alana aceitaram o desafio de buscar, apoiar e conectar escolas de todo o país que estão criando esse caminho rumo a uma educação verdadeiramente transformadora. Juntas, as instituições percorreram o Brasil e reconheceram as primeiras escolas para fazerem parte da rede Escolas Transformadoras.


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Conheça algumas escolas brasileiras reconhecidas até agora

Escola Vila - Fortaleza (CE) - A Escola Vila tem como seu principal objetivo trabalhar os valores humanos, a consciência ecológica e a cidadania, para que seus alunos possam, com suas atitudes, assumir a responsabilidade e o compromisso com a busca de alternativas para a melhoria da qualidade da vida no planeta Terra.  A escola se preocupa em trabalhar as emoções e os sentimentos das crianças, especialmente com atividades expressivas e artísticas, como aulas de música, teatro, artesanato e artes plásticas e também por meio de trabalhos de consciência corporal e meditação.

Escola Rural Dendê da Serra - Serra Grande (BA) - Fundada em 2011 por um grupo de pais e professores, a Associação Pedagógica Dendê da Serra concretizou o sonho de uma escola Waldorf adaptada à realidade local. Atualmente, a escola atende, em sua maioria, alunos provindos de baixa renda da vila e da zona rural. A escola está mergulhada em valores como cooperação e empatia e traduz-se por uma pedagogia holística, que se debruça em bases antroposóficas, tendo em vista a evolução física, emocional e espiritual do ser humano. Cerca de metade dos alunos são da comunidade e recebem uma bolsa integral. A associação, desta forma, garante o ensino a todos e promove a integração social. Parte do investimento vem de agentes financiadores (doação de empresas) e parte de um sistema de apadrinhamento de crianças, no qual membros da sociedade civil podem custear parcial ou integralmente a formação de determinados alunos.

EMEF Desembargador Amorim Lima - São Paulo (SP) - A escola iniciou em 2003 o processo de maior transformação na pedagogia da escola, derrubando as paredes das salas de aula e formando grandes salões de aprendizagem. O principal diferencial da escola, segundo os alunos, é a grande liberdade e autonomia que possuem para aprender no seu ritmo e de acordo com seus interesses. Uma vez que não há salas de aulas com um professor e alunos em carteiras enfileiradas, professores e alunos estão a todo tempo convivendo e trabalhando em equipe. Os alunos demonstram protagonismo, conduzindo seu processo de aprendizagem e avaliação, participando da gestão da escola, fazendo críticas com liberdade e propondo iniciativas. Toda gestão da escola acontece com a participação efetiva de pais e alunos que participam em diferentes instâncias no cotidiano da escola.

Colégio Equipe - São Paulo (SP) - O Colégio Equipe é referência em formação política e intelectual. Todo o enfoque da escola é para criar experiências de espaço público na comunidade escolar, deixando que a escola seja o espaço da criança e do adolescente. Ela valoriza a empatia e o trabalho em equipe de modo transversal. Os atuais “equipanos” podem fazer trabalho voluntário às segundas e terças-feiras, com projetos como leituras e atividades lúdicas para pacientes infantis.

Colégio Viver -  Os alunos contam com ambiente intelectualmente desafiador e emocionalmente seguro, com atenção individualizada e espaço para participação nas decisões. A escola trabalha por projeto desde 1998, quando apostaram na capacidade das crianças se apropriarem da ação e do conhecimento através da escolha, participando da elaboração do planejamento de seus projetos desde os seis anos. Nestas assembléias, os alunos discutem juntamente com os gestores uma pauta comum, acordada coletivamente. Nesses momentos, exercitam o reconhecimento e o respeito às diferenças e a capacidade de discurso e escuta de acordo com as opiniões diversas. Cada aluno mantém um portfólio e realiza sua própria auto-avaliação. Paralelamente, cada estudante elege um professor–tutor, que irá acompanhá-lo na condução da sua aprendizagem, dificuldades acadêmicas e projetos de vida.