Telefone celular na escola pode? O debate divide opiniões - mas, na França, chegou a um capítulo em que o dispositivo passará a ser proibido totalmente no ambiente escolar.

Na última quinta-feira, a Assembleia Nacional da França adotou uma emenda que vai proibir o uso de celulares nas salas de aula, no pátio e nas atividades extracurriculares a partir do próximo ano letivo

A proibição se aplica às escolas do nível fundamental (primário e intermediário), até os 15 anos, e não inclui o ensino médio. Cada estabelecimento poderá regular a aplicação da norma: onde guardar os telefones (em um armário ou na carteira escolar) ou como punir os que desobedecerem. 

No entanto, a lei, que ainda depende de aprovação no Senado, permite exceções para o uso pedagógico dos aparelhos.

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Segundo o jornal El País, a legislação responde a uma promessa eleitoral do presidente Emmanuel Macron e traduz a filosofia educativa do ministro da Educação, Jean-Michel Blanquer. Para ele, a sala de aula é “uma pequena república, onde se aprende a escutar, a entender um ao outro, a cooperar e saber o que está em jogo na vida coletiva”.

Pelo menos 93% dos franceses entre 12 e 17 anos têm telefone celular. Os legisladores alegam que os aparelhos favorecem o assédio na Internet e expõem os alunos a imagens de violência e pornografia, além de reduzirem a concentração. 

O problema, acrescentam, não é apenas sua presença nas classes, mas no pátio, onde o celular acaba reduzindo a atividade física e as interações sociais entre os alunos.