A superproteção dos filhos sempre existiu. É uma forma de os pais tentarem evitar sofrimentos e fracassos dos filhos. Mas a ausência dessas experiências consideradas "negativas" pode ser bastante prejudicial ao desenvolvimento das crianças.

Para a psicóloga Maria Beatriz Cytrynowicz, autora do livro Criança e Infância: Fundamentos Existenciais, Clínica e Orientações, ouvir apenas "sim" para tudo prejudica o crescimento intelectual e a autonomia do indivíduo. O “não” educa e ajuda a formar pessoas que sabem lidar com situações desconfortáveis.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, ela afirma que os pais têm a ilusão de que podem livrar seus filhos de experiências negativas e de sentimentos de ameaça - mas, ao tentarem fazer isso, afetam o desenvolvimento deles. Proteger é um cuidado natural, mas exagerar na dose se torna um controle excessivo, nunca recomendado.

 

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Crianças superprotegidas se tornam inseguras e muitas vezes incapazes de criarem autonomia para tomar decisões próprias e decisivas em suas vidas, seja profissional ou pessoal. "Para fortalecer o crescimento é necessário que a criança compreenda as experiências de limites. Dizer 'não' para um filho pode favorecer e aproximar outras possibilidades de lidar com situações", afirma.

Estabeleça limites com seus filhos, faça-os entenderem que é para o bem do futuro deles, para se tornarem pessoas melhores e mais capazes. Ter limite ou dificuldade não é sinônimo de fraqueza. 

É uma oportunidade de crescimento.