São Paulo é destino certo para quem adora agito, mas uma área de proteção ambiental no extremo sul da cidade abriga um pequeno paraíso ecológico que você precisa conhecer.

O Borboletário Águias da Serra fica a 40km do aeroporto de Congonhas e promete ser uma imersão em natureza a menos de duas horas do centro da cidade.

Pode elevar as expectativas, porque elas serão atendidas com louvor: milhares de borboletas de mais de 10 espécies (elas são sazonais e o número varia. Atualmente, são 14) e muitas outras atividades divertidas esperam por você no local. 

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Antes de conferir tudo que o Borboletário oferece, anote as três dicas de ouro que a Dayse Lopes, coordenadora do espaço, dá para quem pretende fazer uma visita:

  • Use roupas e calçado confortáveis. O local é bem grande.

  • Para visitar o telado, não passe repelente. Além de interferir na visita, pode fazer mal às borboletas.

  • Vá preparado para tirar muuuuuitas fotos!

Agora, sim. O que tem por lá?

Borboletas na sua mão

A parte mais surpreendente do passeio acontece no amplo jardim coberto por uma tela. Lá dentro estão cerca de mil borboletas. Dayse explica que não se pode capturar borboletas da natureza nem soltar as criadas em cativeiro. ”As que criamos são soltas no telado. Lá, vivem tranquilas e acabam entendo que o homem não é predador”, explica.

Com isso e a ajuda de uma gostosa e nutritiva mistura de água e mel que você será convidado a passar nas mãos, fica fácil chegar bem pertinho delas. As borboletas pousam nos dedos dos visitantes sem medo! 

Dayse garante que a sensação de tê-las tão perto é suficiente para despertar sentimentos de profundo amor à natureza. “E esse é o maior objetivo do borboletário: fazer com que as pessoas entendam que para termos as lindas borboletas, temos que amar as lagartas que devoram nossas plantas e temos que ter plantas com qualidades que não gostamos, com carinha de mato, mal cheirosas, espinhentas e até cáusticas”, avalia a coordenadora.

Novas borboletinhas

Tem tanta, mas tanta, mas tanta borboleta por lá que você não precisará esperar muito para ver uma delas eclodir do casulo. Mas, para presenciar um nascimento, o melhor é ir pela manhã. “Elas esperam o nascer do sol para começar a eclodir. Das 10h até cerca de 12h eclodem muitas”, conta Dayse. 

Nesse momento do passeio, não é possível chegar tão pertinho. Pela fragilidade dos animais que ainda estão em fase de pupa, dentro do casulo, e pelo controle necessário, você ficará separado do laboratório por um vidro. 

Mas não se preocupe: dá pra ver direitinho o resultado da mágica da metamorfose chegando ao mundo.

Entendendo as borboletas

Você será recebido no parque e encontrará, durante o passeio, um especialista que explicará tim-tim por tim-tim tudo que há para saber sobre essas flores voadoras. 

A palestra não tem custo adicional e acontece de hora em hora. Além disso, há as Estações de Conhecimento, que são cartazes espalhados pelo caminho com informações e desenhos bem didáticos.

E como se já não bastasse, tem muito mais diversão para além das borboletas! 

Que tal a ideia de construir um foguete de garrafa PET usando um projeto da Nasa como inspiração? 

Eles alcançam 150m de altitude e chegam a 100km/h! Tudo é feito com a orientação de monitores e cada um pode levar o seu foguete para casa. 

Também dá para andar de caiaque, pescar, jogar minigolfe, espirobol, vôlei de areia e futebol.


Como a visitação acontece das 10h às 16h, uma boa dica é chegar cedinho para aproveitar o dia e almoçar no restaurante do local. 

O parque abre todos os dias, incluindo sábados, domingos e feriados, mas atenção: se estiver chovendo, nada de passeio. As borboletas são muito sensíveis e o parque fecha em dias chuvosos. 

Para não fazer a viagem à toa, é bom dar uma ligadinha antes de sair de casa para o (11) 2908-0125.


A melhor maneira de ir até lá é de carro, e aqui o pessoal do Borboletário dá outra dica: se, saindo da região central de São Paulo, o aplicativo de GPS que você estiver usando der a opção de caminho pelo Régis Bittencourt/Itapecerica, corrija o itinerário. Este caminho é beeeem mais longo. O Corredor Norte-Sul e a Rodovia Prof. Simão Faiguenboim (Marginal Pinheiros) são caminhos melhores.

Fotos: divulgação