A premiada atriz queniano-mexicana Lupita Nyong'o acaba de lançar o seu primeiro livro, e ele foi escrito para as crianças. Batizada de Sulwe, que significa estrela, a obra tem como principal objetivo ajudar as crianças a se amarem e a se sentirem bem do jeitinho que são.

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Ela, que foi eleita a mulher mais bonita do mundo em 2014 pela revista People, nem sempre amou a si mesma. Em um discurso emocionante que fez ao receber um prêmio da revista Essence, também em 2014, Lupita lembrou como foi difícil crescer vendo que a beleza da televisão e das revistas não tinha nada a ver com ela. A infância e a adolescência foram períodos de sofrimento e ódio ao próprio corpo - e foi essa experiência que deu origem ao livro que a atriz acaba de lançar.

"Eu rezava para Deus, o operador de milagres, para acordar com a pele mais clara. A manhã chegava e eu acordava tão animada para ver a minha nova pele que me recusava a olhar para baixo. Eu queria chegar até um espelho para ver o meu rosto clarinho primeiro", revelou a ganhadora do Oscar naquela ocasião.

"Mas aí Alek Wek apareceu na cena mundial. Uma modelo famosa, negra como a noite, estava em todas as passarelas e todas as revistas. Todo mundo dizia o quão linda ela era. Eu não podia acreditar que as pessoas estavam aplaudindo a beleza de uma mulher tão parecida comigo", ela continuou.

Foi só quando a representatividade surgiu nas telas da sua vida que Lupita passou a entender que a beleza tem muitas formas, muitas cores. "Eu espero que a minha presença nas telas e nas revistas faça o mesmo pelas meninas de hoje. Que vocês sintam que as suas belezas exteriores são reconhecidas, mas que se dediquem a, mais profundamente, serem bonitas por dentro. A beleza interior não tem cor", finalizou.