Na história do curta A Cloudy Lesson, existe uma máquina de produzir nuvens. Basta soprar num canudinho. Tem também um senhor, que sopra forte e cria as mais lindas nuvens, e uma criança, que não consegue se entender com a geringonça. Sopra daqui, sopra de lá e nada. Falha até que acaba quebrando o brinquedo - pelo menos aparentemente.

Esses dois minutos de vídeo dizem muito. Eles não guardam apenas uma sequência de imagens fofas: eles falam de compreensão, empatia e colaboração, conceitos primordiais na criação de filhos e defendidos por teorias consagradas como a disciplina positiva.

Em um ambiente onde o que rege o comportamento é a hierarquia e a autoridade do adulto, dificilmente sobra espaço para enxergar novas possibilidades a partir de um tropeço infantil (como quebrar alguma coisa). As reações, em geral, partem para a bronca e o fim da brincadeira. Mas, como a história coloca lindamente, não precisa ser assim. Seguindo diretrizes da disciplina positiva, quando algo dá errado, antes da represália deve vir a reflexão. Que limitações da criança levaram ao problema?

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É possível ensinar algo com o ocorrido? E aprender? Será que, como no filme, o imprevisto acabou gerando outras possibilidades? A compreensão na hora que tudo desaba e a colaboração no momento de resolver problemas são poderosos aliados na construção de uma relação verdadeira e respeitosa com os pequenos. Vamos tentar?