Publicado pela primeira vez em 1947, o livro "O Diário de Anne Frank" é considerado uma das principais obras literárias do século XX. No Brasil, a versão original do diário, autorizada por Otto Frank - o pai da menina - foi lançada pela editora Record, e agora ganhou sua primeira versão em quadrinhos, em edição inédita e oficial pela Fundação Anne Frank.

Aos 15 anos, a judia Anne Frank foi vítima do Holocausto. Até o fim da vida, em 1945, ela narrou o sofrimento que passou durante a perseguição nazista aos judeus em um diário. Suas anotações foram resgatadas dois anos após sua morte. 

Para os professores que querem aproximar os alunos das reflexões sobre o regime nazista e suas consequências, trata-se de uma obra fundamental, e uma defesa do olhar do jovem sobre assuntos complexos. Um nova forma de ensinar, de maneira mais solta e mais atrativa para as crianças. 


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No diário, Anne narra o cotidiano de sua família, que tenta se esconder do regime nazista em meio à Segunda Guerra Mundial, e o dia a dia no campo de concentração Bergen-Belsen, na Alemanha, onde viveu com a irmã até a sua morte. Anne faz observações que vão do engraçado ao profundo sobre o mundo ao seu redor; e reproduz os conflitos clássicos de uma adolescente, com direito à primeira paixão e às brigas com a irmã.

Além de ter se tornado um grande símbolo de resistência ao Holocausto e de ter ajudado a popularizar, ao longo de 70 anos, um triste capítulo da História Mundial que não deve ser esquecido, Anne era também uma escritora talentosa, e a versão em HQ de seu diário realça alguns dos melhores momentos de sua escrita.