Em uma tentativa de conscientizar e articular pais norte-americanos, a organização Wait Until 8th (Espere até a oitava [série], em tradução livre) elencou nove motivos pelos quais considera ideal que o primeiro smartphone venha só depois dos 14 anos. O objetivo do movimento fundado por pais, que nasceu no Texas, é retardar o acesso das crianças aos smartphones. Você concorda?

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Smartphones estão mudando a infância

Muitas horas em frente à tela significam muitas horas sem correr, sem brincar na rua com os amigos, sem ler um livro, sem contato com o mundo real, com a família e com amigos. Todas atividades essenciais para uma infância saudável e para o desenvolvimento intelectual, físico e social das crianças.

Smartphones são uma distração na escola

Mais distração = pior desempenho no colégio. Já existem estudos que relacionam o primeiro smartphone com o momento em que as notas começam a baixar. Alunos de escolas que proíbem celulares também têm notas melhores, em média.

Smartphones prejudicam a qualidade do sono

Não é só a dificuldade em desgrudar da tela e desligar as luzes na hora certa o problema aqui. Estudos afirmam que a ansiedade em receber mensagens e notificações faz com que muitas crianças e adolescentes acordem durante a noite para checar seus celulares. 

Smartphones interferem nas relações das crianças

Mais atenção para o telefone, menos atenção para os pais. As interações cara a cara são muito importantes nas horas difíceis (estabelecer limites e regras, por exemplo) e também nas horas boas, de comemorar, compartilhar o jantar ou demonstrar afeição. Ter a atenção dividida com a telinha empobrece esses momentos.

Smartphones expõem as crianças ao cyberbulling

Não é só na escola que o bullying é um vilão. Por detrás das telinhas, os usuários podem ser ainda mais cruéis e covardes que os valentões da hora do recreio. Estudos apontam que mais de 40% das crianças admitem já ter sofrido bullying na internet - e apenas uma em cada dez vítimas conta aos pais o que aconteceu.

Motivos parecem haver de sobra. Mas o que fazer, efetivamente? 

Além de uma campanha que pretende se espalhar entre os pais, a organização dá mais duas dicas: a primeira é substituir o smartphone por um celular comum, que apenas faça e receba ligações e mensagens SMS. A comunicação com os filhos está garantida e a distração da internet, afastada. A segunda é o lembrete de que o exemplo de casa é sempre poderoso. Ao assistirem aos pais fazendo uso consciente de smartphones e outros gadgets, as crianças assimilam mais facilmente o adiamento do primeiro plano de dados como presente de aniversário.