Difícil segurar a onda na hora da birra, não é? A tendência, muitas vezes, é a gente agir por instinto, tentando acabar logo com a cena. No entanto, nem sempre que nosso filho está teimando é mero capricho. Nessas horas eles podem estar reagindo a algumas situações prévias, que poderiam muito bem ser contornadas anteriormente. Quer saber quais são elas? Vem ver aqui:

1) Cérebro ainda em desenvolvimento: diferentemente do que achamos, o controle de impulsos não é algo inato. Pesquisas afirmam que o desenvolvimento das regiões da mente que regem essa aptidão acontece lentamente, concluindo-se por volta da adolescência. Portanto, lembre de fazer desses momentos de birra uma oportunidade de aprendizagem, ensinando táticas para os pequenos desenvolverem o autocontrole.

2) Superestimulação: uma agenda lotada de atividades pode fazer mais mal do que bem. Especialistas dizem que o excesso de tarefas causa um estresse acumulado nos pequenos explicando o porquê de eles, às vezes, explodirem com mais facilidade. Horas sem fazer nada a não ser brincar livremente são saudáveis e devem ser sempre priorizadas.

3) Reação à fome, privação de sono, excesso de açúcar, cansaço e doença: se nós, adultos, muitas vezes, ficamos "insuportáveis" quando estamos com fome, imagina uma criança pequena. Os cientistas já confirmaram que as crianças reagem 10 vezes mais do que um adulto a uma ou várias dessas situações. Além disso, é muito mais difícil para elas entenderem as razões de seu comportamento e fazerem se sentir compreendidas. Assim, é sempre bom fazer um check-list básico na hora do choro para ver se o incômodo do seu filho pode estar relacionado a algum desses fatores.

4) Necessidade de movimento: quem de nós não fica tonta de ver a criançada correndo em volta da mesa sem parar? Sim, a agitação dos pequenos é uma necessidade, eles têm muita energia e precisam gastá-la. Nessas horas, lembre-se de levá-los ao parque, à praça ou mesmo no quintal e deixarem pular e correr muito. Isso certamente os deixará mais sossegados e menos estressados.

5) Reação ao humor dos pais: vários estudos sobre o contágio emocional descobriram que leva apenas milissegundos para que emoções como entusiasmo e alegria, bem como tristeza, medo e raiva, passem de pessoa para pessoa, e isso geralmente ocorre sem que ninguém perceba. Com as crianças não é diferente. Elas são diretamente influenciadas por nosso humor. Se estamos estressados, eles sentem e passam, muitas vezes, a chamar nossa atenção. O bom é que o contrário também é verdade. Então temos mais um bom motivo para ficarmos em alto astral, não é?