Um levantamento feito com 2 mil famílias considerando crianças até os oito anos chegou à conclusão de que os pequenos que mais usam apps mobile são os da primeira infância, dos 0 aos 2 anos - e os culpados disso são os pais.
Metade dos entrevistados disse ao estudo, chamado de Happy Kids: Aplicações Seguras e Benéficas para Crianças (desenvolvido pela Catolica Research Centre for Psychological, Family and Social Wellbeing, de Portugal), que autorizam seus filhos a usar diferentes tipos de apps para distraí-los: 567 pais usam a tecnologia em restaurantes, 490 em casa e 99 para dar fim em episódios de birra.
Embora cerca de 25% dos participantes da pesquisa acreditem que investir em apps como quebra-cabeças e outros desafios educativos podem ajudar a desenvolver habilidades como raciocínio lógico das crianças, boa parte deles admite que o uso indiscriminado pode fazer mal. Os números ficaram assim:
854 acreditam que eles diminuem a prática de atividade física
702 acreditam que piora a qualidade do sono
616 acreditam que prejudicam as competências sociais
O que chegou mais perto da unanimidade foi a fatia de pais que acham necessário controlar, de alguma maneira, o uso (66,5%) e os conteúdos (61,1%) acessados pelos filhos.
Quanto à questão do cyberbullying, a resposta dos entrevistados foi permeada pela tranquilidade. Como o uso de aplicativos de entretenimento não pressupõe interação com outros usuários nem publicações em redes sociais, os pais acreditam que os filhos estão salvaguardados do problema.