Todo mundo gosta da sensação de se divertir. Com as crianças não é diferente. 

Além de garantir um sentimento gostoso, a diversão aproxima as relações sociais, ajuda a tangibilizar assuntos abstratos, difíceis ou muito distantes da realidade da criança e são uma mão na roda para a expressão infantil - seja ela de sentimentos momentâneos ou de traços de personalidade. 

Mas será que aprender precisa ser sempre divertido?

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Há quem diga que não. 

Fred Ray Lybrand é uma dessas pessoas. Pai de cinco filhos, ele é autor de nove livros (um deles sobre comportamento infantil), já estudou direito, comunicação, linguística, teologia, sistemas de informação e também já se aventurou em estudos formais sobre a personalidade humana. 

Com toda essa bagagem, ele arrisca um palpite sobre o assunto: é preciso fazer uma distinção entre diversão e sensação boa - e deixá-la clara para as crianças.

O ato de ler um livro, palavra após palavra, nem sempre é divertido, mas a sensação de conhecer uma nova história ou de aprender algo novo após a leitura é gostosa. 

Lybrand defende que essa sutileza deve estar presente na hora de se pensar a educação infantil. 

É preciso que pais e educadores entendam a diferença e não tentem transformar toda e qualquer atividade de ensino infantil em brincadeira, e também que as crianças percebam que não podem esperar diversão em 100% das atividades educativas.

Às vezes, o processo de aprender vai ser um pouco chato, mesmo. Tirar o foco da recompensa da gargalhada e colocá-lo na satisfação, segurança e autoestima pode ser uma poderosa ferramenta na hora de ensinar o que não é tão animado assim.