Que papelão é tudo de bom a gente está careca de saber. Criança adora criar com esse material super versátil e reciclável. Desde objetos, maquetes e máscaras até casinhas e outros cenários, o papelão garante a brincadeira - mas também pode se tornar obra de arte. É o caso do artista Warren King.
Ele começou a esculpir em papelão originalmente para levar fantasia e imaginação para a vida de seus filhos – a fim de enriquecer as memórias que eles terão, no futuro, de sua infância. Ele criava réplicas de bichos e máscaras. Aos poucos, porém, o tema da memória foi tomando conta de seu processo de criação. O que era um passatempo para a construção de objetos, máscaras e capacetes tornou-se um belo e impactante ofício artístico.
Recentemente, uma visita ao vilarejo onde viveram seus avós, na China, impôs as relações com a memória como seu tema central. O resultado são esculturas em tamanho real, com detalhes impressionantes.
Suas grandes esculturas de cada morador que conheceu procura reencontrar nele mesmo um passado que não é seu e ao mesmo tempo é o que lhe forma. “Estou tentando entender as conexões entre as pessoas e a cultura, e examinar se essas conexões, uma vez rompidas, podem ser restabelecidas”, diz o artista. A série se chama Aldeões Shaoxing.
