Viva, a Vida é uma Festa! é um dos filmes de animação mais legais deste ano. A história é a de um menino mexicano que, com a tradição do dia dos mortos, transita entre o mundo real e o mundo onde seus antepassados que já se foram estão.
A história envolve tradições, festas, música, família e… Alzheimer.

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A bisavó do personagem principal, Miguel, é portadora da doença. Coco é uma senhorinha que fala pouco e Miguel a apresenta falando sobre a dificuldade que ela tem de lembrar de tudo. Com o desenrolar da história, a tradição mexicana de celebrar os mortos e espalhar fotos deles pela casa encontra-se com a dura realidade do Alzheimer.

Se os mortos forem esquecidos, eles desaparecem para sempre. Acontece que Coco é a única da família que conheceu seu pai, Hector, e ela o está esquecendo por completo. Miguel vive uma cruzada entre o mundo dos vivos e o dos mortos para tentar salvar seu tataravô.
E só tem um jeito: fazer com que Coco consiga acessar a antiga memória de seu pai.

A condição de quem sofre com o Alzheimer nem sempre é fácil de entender para as crianças. As mais novas podem ter dificuldade em entender como é possível um adulto (essa figura que sempre tem respostas!) não lembrar do que acabou de acontecer. Os mais velhos podem ter conhecido a pessoa antes da doença e não entender quem ela é agora e como mudou tanto.
O Instituto Nacional do Envelhecimento dos Estados Unidos indica como agir com os pequenos nesses casos.

Seja sincero sobre a doença
Dê atenção às dúvidas e responda às perguntas de maneira direta. As crianças conseguem entender perfeitamente frases como “o vovô tem uma doença que faz com que lembrar das coisas seja difícil para ele”.

Seja compreensivo com as reações
Raiva, tristeza e a noção de injustiça provavelmente aparecerão. Converse com os pequenos sobre esses sentimentos e deixe claro para eles que essas emoções são absolutamente normais. É importante a criança não se sentir inadequada nesse contexto.

Seja um porto seguro, mesmo que também seja difícil para você
Esteja atento para escutar, confortar, e, principalmente, deixar claro que ninguém tem culpa. Os menores podem buscar explicar o inexplicável em si mesmos e achar que fizeram algo para que a pessoa adoecesse.

Também é importante descobrir maneiras de manter o relacionamento saudável e divertido tanto para quem tem Alzheimer quanto para as crianças.


Com atenção aos detalhes o afastamento não tem vez. Proponha atividades que unam os dois. Projetos simples de pintar e desenhar, brincar de karaokê - ou simplesmente cantar no meio da sala! -, ler histórias em voz alta, criar contos fantásticos juntos ou olhar antigos álbuns de fotos são boas opções. Talvez uma noite do cinema para assistir Viva, a vida é uma festa! seja um bom começo.