Ter um animal de estimação é tudo de bom, os pets estão conquistando cada vez mais espaço nas casas de seus donos e nos lares brasileiros. Ter um cachorro ou um gato para quem tem criança pequena em casa, trás uma série de benefícios que vão no desenvolvimento do pequeno. Se você adotar um filhote, pouco tempo depois de o bebê ter nascido, a adaptação de ambos vai ser mais fácil, especialmente para o cachorro que não vai estranhar aquela nova pessoa. Mas, se optar por adotar um cachorro quando o filho já for um pouco mais velho, a criança já tem um senso melhor de responsabilidade e entende que o animal depende dela para sobreviver. Cada família opta por aquilo que é melhor para ela e está tudo bem, não tem uma regra a ser seguida.

O primeiro benefício, é que ter um pet aumenta o sistema imune da criança, porque o contato dela com os animais como gato ou cachorro pode proteger a criança de algumas infecções e diminuir o risco dela ter asma ou dermatite atópica, duas condições que dão trabalho na infância, porque incomodam muito o pequeno. O motivo do animal estimular o sistema imune ainda é incerto, mas acredita-se que ter contato com eles, faz as defesas aprenderem a lidar com agentes externos como a poeira e o pelo. 

Quem nunca viu um vídeo de um bebê imitando o cachorro? Ou o gato e a criança brincando juntos? Isso tem uma explicação, os dois primeiros anos são fundamentais para o desenvolvimento da criança e nessa fase elas aprendem por repetição, então quando elas observam os animais em casa, tentam repetir as atividades que eles estão fazendo e isso é uma ótima forma de aprimorar o desenvolvimento motor das crianças. 

Outra vantagem, é que eles são terapêuticos, existe até uma forma de tratamento chamado de Terapia Assistida por Animais (TAA), ela é recomendada para crianças que têm autismo, por exemplo. Um estudo mostrou que as crianças que têm autismo tendem a ficar mais calmas na presença de animais, entretanto, mesmo que o contato direto com o animal não ajude tanto, ele trás outros benefícios, como criar o senso de responsabilidade da criança, que faz com que ele tome os remédios necessários de forma mais tranquila. 

Ter um animal de estimação, também pode ensinar valores da vida, porque os pais podem ensinar sobre o nascimento, a reprodução e até mesmo algum acidente usando o pet como exemplo e isso facilita a compreensão da criança, porque deixa de ser uma ideia abstrata e se torna algo real. Nós sabemos que os animais vivem menos que nós, então a criança vai passar pela perda desse animal ainda na infância e é nesse momento que os pais podem começar a falar sobre luto com o pequeno e o preparar para outros momentos tristes da vida. Mas nem tudo precisa ser triste, porque conforme a criança vai crescendo e ganhando responsabilidades condizentes com a idade, ela passa a ter um senso de responsabilidade cada vez maior.

 O estresse é um fator que está presente no dia-a-dia de todos, inclusive no dos bebês e das crianças, porque eles também sentem a correria que faz parte do dia-a-dia das famílias e ter um animal em casa, ajuda nesse controle do estresse, já que o ato de fazer carinho em animal libera hormônios como a ocitocina, conhecido como o hormônio do amor, ele tem a capacidade de aumentar os vínculos e melhora a resposta psicológica e fisiológica ao estresse. O CDC (Controle de Doenças dos Estados Unidos) publicou um estudo que comprova que ter um animal em casa, diminui o risco de ansiedade infantil. 

Esse benefício é mais para quem tem cachorro, porque é mais fácil de sair para caminhar com ele do que um gato. Passear e brincar com o cachorro é uma ótima maneira de fazer ele se mexer e se exercitar, uma pesquisa fala que quanto mais envolvida a criança estiver com o animal, maior a chance de ela ser ativa. Ainda mais que as pessoas estão cada vez mais preocupadas com o sedentarismo e a obesidade infantil. 

E por falar em obesidade infantil, alguns cientistas começaram a pesquisa qual é a influência entre os animais e a prevenção da obesidade infantil, um estudo na Universidade de Alberta no Canadá investigou a microbiota de 700 bebês e descobriram que, aqueles que convivem com os animais, têm duas vezes mais Oscillospira no intestino em comparação aos que não. Essa bactéria significa que a criança tem menos chance de ganhar peso. 

Por Isabel Martins, filha de Heloisa e José Augusto

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