Em 2015, este pai viralizou por calcular o salário que sua mulher deveria ganhar para cuidar dos filhos em casa: R$ 18 mil. 

Mas a discussão sobre o valor e a divisão do trabalho na hora de criar os filhos parece - felizmente! - estar ganhando mais profundidade. A disparidade na divisão da responsabilidade mental do cuidado com os pequenos está aparecendo em cada vez mais debates.

A “responsabilidade mental” é aquela que vem com o planejamento de cada detalhe da rotina e com a antecipação de qualquer possível problema. 

Não é só trocar a fralda, é saber que as fraldas estão acabando e que, por isso, é preciso acordar mais cedo no dia seguinte para comprar mais antes de ir para o trabalho. Incumbência que, em muitos lares, ainda fica muito concentrada na figura da mãe.

Recentemente, pais que entenderam estar abocanhando uma parte muito pequena desse bolo começaram a aparecer com propostas bacanas. Dispostos a conversar sobre esse fenômeno e ajustar comportamentos para equilibrar a balança em casa, esses caras deram vida a iniciativas como o blog Tô de Pai, assinado por Fabio Leite.


 

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A publicação inaugural chama a atenção para um detalhe que justifica o nome do blog. 

Fabio garante que é só sair com as filhas sem uma presença feminina para escutar um “tá de babá?”. Ao que ele rebate: "não, tô de pai". Ao redor da pergunta e da resposta, vivem muitas questões culturais como o machismo, que coloca principalmente na mulher a responsabilidade sobre a criação dos filhos, enquanto relega o homem a um papel de coadjuvante. 

A proposta de Fabio é jogar luz sobre esses assuntos a partir de discussões com outros pais, e nós adoramos a ideia. Vale acompanhar as publicações semanais.

No ano passado, uma pesquisa da Catho apontou que o percentual de homens que deixaram o trabalho pra ficar em casa com os filhos cresceu de 16,1% em 2014 para 18,5%. Ainda é um percentual pequeno, mas indica uma mudança de mentalidade importante. 

Pais como Tiago Prudente, que deu esta entrevista para Primi Stili, estão dentro dessa porcentagem e garantem que o caminho de deixar de ser o provedor da casa para tornar-se dono de casa e principal cuidador dos filhos está cheio de novos aprendizados. 

Embora seja um assunto complexo e cheio de nuances, entrar na discussão não é difícil. Fica aqui o convite para descobrir discussões como essas, ler sobre elas, ouvir outros pais e mães e chamar mais pessoas para a conversa!