Quando escolhemos peças de roupa para as crianças, o comum é se basear na clássica união do útil e agradável. Normalmente, o mais automático é que os pais foquem a atenção no tamanho, no conforto e na beleza do item que será comprado. Mas um quarto critério deve ser levado em conta sempre: a segurança.
De acordo com dados da ONG Criança Segura passados para a Revista Pais&Filhos, todos os dias acontecem acidentes por conta de botões soltos ou cordões em roupas infantis que se prendem a algum brinquedo. Outro fator comum de problemas são acessórios que podem ser puxados, esticados e até levados a boca. Até os cinco anos de idade, as crianças passam pela fase de experimentação, em que tudo é motivo de curiosidade e acaba sendo “testado” por elas, por isso, todo cuidado é pouco.
Em 2015, a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) publicou uma norma, que foi revisada em 2017, com o objetivo de diminuir o número de acidentes a partir de uma produção segura dos itens de vestuário das crianças, relacionando a faixa etária com os causadores desses problemas.
A ideia também era alcançar as padronizações de segurança seguidas fora do Brasil. Como algumas marcas conhecidas tem sedes localizadas em outros países, elas já estavam dentro dessas orientações. Outras, tiveram a chance de se adequar.
As famílias brasileiras costumam consumir peças com mais detalhes, brilhos e enfeites. Diferente de europeus, por exemplo, que dão preferência a produtos simples. Por isso, o desafio das marcas é continuar produzindo itens atraentes e dentro do nosso estilo, mas pensando também na segurança.
É importante destacar que apesar da norma da ABNT colocar em pauta a necessidade dessa adaptação, ela não se tornou lei, portanto, é possível que nem todas as fábricas estejam colocando em prática as especificações indicadas.
A principal orientação da ONG Criança Segura é que, durante as compras, os adultos continuem checando os aspectos das roupas. Testem se os botões estão realmente bem presos, se os cordões são costurados, e por aí vai.
Peças que podem ser evitadas são as que contém alças ou cordões, que podem sufocar, e adesivos termocolantes ou botões, que podem se soltar e serem levados à boca. O velcro pode também ser mal colocado e acabar arranhando a pele. Zíperes são indicados para crianças maiores de 7 anos, pois além de incomodar e irritar a pele, podem prender dedos e até os dentes.
Mesmo acreditando que as marcas estão priorizando a segurança, prestar atenção nesses detalhes ao adquirir as peças de roupas para os filhos pode fazer a diferença e prevenir acidentes em casa. É sempre bom ficar de olho!
Por Giulia Freitas, filha de Eliane e Paulo
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