Romana Novais, mãe de Ravi, fruto do relacionamento com Alok, fez um relato emocionante sobre o parto na noite da última quarta-feira, dia 15 de janeiro. O menino, que nasceu no dia 10, veio ao mundo de parto normal humanizado, às 8h20. A mãe aproveitou para contar detalhadamente momentos antes do filho nascer. 

Ela postou uma sequência de fotos no Instagram, e contou sobre o nascimento de Ravi, com um texto muito cheio de detalhes: ” Minhas contrações leves começaram no dia 07/01. Lembro que dormi mal na noite do dia 07 e também dia 08. Acordei algumas vezes por conta de uma dor tipo cólica e muita dor no cóccxis. Cuidei disso com a minha Osteopata, que fez alguns movimentos que ajudaram no encaixe e realinhamento do quadril. No dia 09/01 mandei uma mensagem para a minha obstetra e então ela pediu para eu ir na clínica. Estava com 3 cm de dilatação com contrações espaçadas. Saindo de lá fui para uma sessão com a minha fisioterapeuta obstétrica fazer alguns exercícios que ajudam no fortalecimento da musculatura pélvica: exercícios na bola de pilates, agachamentos e também o epi-no que simula a cabeça do bebê passando pelo canal vaginal. Esse dói, mas é um incômodo tolerável e eu coloquei na cabeça que no parto seria algo parecido. Voltei para a casa bem cansada e segui as orientações da minha médica e dormi a tarde toda. A noite acordei, segui as dicas da minha doula, que sugeriu comer algumas coisas para estimular as contrações. A Dra Erica e o Dr Domingos (meus obstetras) vieram jantar com a minha família em casa e eu pedi para que me avaliassem. Estava com 3 cm de dilatação”, começou.

“Meia noite eles foram embora e como moram distantes de mim, pensaram na possibilidade de dormirem mais próximos para qualquer coisa estarem prontos o mais rápido possível. Eu disse que não precisava. Na mina cabeça, eu já sabia que o Ravi nasceria no dia 10, mas não sabia que entraria em trabalho de parto 2 horas depois deles terem saído de casa. Foi o tempo deles chegarem em casa e receberem a ligação do Alok pedindo que voltassem. As 3 horas da madrugada do dia 10/01, o Alok percebeu que eu reclamava da dor em um curto espaço de tempo, o ritmo era de 8 em 8 minutos. A cada contração, era uma visita a lua de alguns segundos. Eu me movia de um lado para o outro questionando minha mãe se isso era normal. Corri para um banho quente da cabeça aos pés, o banho me aliviava. Em tempo recorde, a Erica e o Domingos chegaram em casa e me examinaram, eu estava com 6 cm de dilatação! Entre uma contração e outra ainda deu tempo da Dra Erica me ajudar a secar o cabelo, acredite se quiser. Enquanto isso, minha mãe cuidava de ajudar o Alok a separar as coisas, porque até então ele não tinha organizado nada. A essa hora, o Dr Domingos já tinha avisado toda a minha equipe de parto”, escreveu Romana.


A história do relato é incrível! (Foto: reprodução/ Thalita Castanha)

“Doula, enfermeira, obstetra e anestesista, todos a caminho do hospital também… Naquele momento, a pediatra não atendia, eu sei que no hospital tem pediatra de plantão, mas eu escolhi a pediatra antes dele nascer e queria que estivesse presente no parto, afinal, ela que assume o papel de me orientar em relação ao bebê a partir daquele momento. E além do mais, eu queria que todos dentro da sala de parto estivessem alinhados em relação as condutas. Enfim, a Erica me tranquilizou de que a pediatra estaria lá. Assim que cheguei, a enfermeira da minha obstetra realizou o cardiotoco certificando de que o Ravi estava bem e no toque estava com 8 cm, acontecia tudo rápido e demorado ao mesmo tempo, senti a maior dor da minha vida. Mas, estava confiante e muito afim de passar por tudo isso para trazer meu filho ao mundo. A Doula me posicionou para alguns exercícios juntamente com o Alok e em questão de poucos minutos, eu já fui direto para a banheira, estava com dor, eu sabia que a água iria me ajudar. E foi lá que a minha bolsa estourou! O Alok assustado fazia massagem na minha pineal… eu sentia muita dor, mas concentrei na minha respiração e isso me ajudou por algum tempo”.


O parto de Romana foi humanizado (Foto: reprodução: Thalita Castanha) 

“Fiquei introspectiva, mas entre as contrações eu brincava, em alguns momentos da partolândia eu cheguei a pedir para alguém pegar o meu batom e todos deram muita risada, tomei sorvete também (não lembro o sabor) kkkk. Alok e a minha mãe estiveram comigo lado a lado a todo instante, ter a minha mãe e ele foi fundamental, ela me dava forças, tranquilidade e me encorajava para não desistir. Abri os olhos, enxerguei a Bianca, ufa, a pediatra já estava lá, e ela me abraçou e disse ‘estou com vocês’, tudo foi acontecendo, mais um exame de toque, 9 cm de dilatação!!! A respiração não ajudava muito no alívio da dor, foi quando eu comecei a vocalizar, AAAAAAA, eu gritava muito, isso de alguma forma tirava um pouco o foco da dor, mas era momentâneo a dor logo voltava… Eu achava que não tinha mais forças e então pedi analgesia. Nesse momento a Erica olhou nos meus olhos e disse: ‘você consegue, já está com quase 10 cm’. Enquanto isso o Dr. Domingos acalmava o Alok que estava muito tenso em me ver com tanta dor. Eu sempre acreditei no poder da natureza, no sagrado do feminino e no poder de nós mulheres e por isso eu insistia”, explicou

“No toque a Erica viu que estava com 10 cm, dilatação total, porém a cabeça do Ravi ainda estava um pouco alta e precisava girar para entrar na posição correta do nascer. Escutar que ele estava transverso (cabeça ainda inapropriada para o parto normal) me deu muito medo. Então pedi analgesia… minha equipe me apoiou na minha decisão. O anestesista cuidou disso muito rápido, mas como as contrações estavam muito frequentes e dolorosas parecia uma eternidade para a analgesia fazer efeito. Aos poucos, a intensidade da dor foi diminuindo e fui ficando mais confortável e disposta. Foi quando a minha equipe propôs fazer spinning babies – uma manobra para facilitar a rotação e o encaixe perfeita da cabecinha do Ravi. Mesmo sob efeito da analgesia, ainda sentia muito desconforto com as contrações naquela posição, mas que foi fundamental para a rotação e encaixe perfeito. O spinning babies foi o momento mais doloroso do parto. Não dá para explicar em palavras. O apoio da minha equipe, do meu marido, e da minha mãe, além de saber que o Ravi estava muito próximo de chegar me davam forças e energia para continuar. Enfim, com o Ravi encaixado chegou o momento de escolher a posição que eu estava mais confortável para recebê-lo.”


A mãe aproveitou o relato para mostrar pela primeira vez o roto de Ravi (Foto: reprodução/ Thalita Castanha)

“E eu decidi então me sentar na banqueta de parto, comecei a me concentrar em cada contração afim de tê-lo o mais rápido possível. A minha equipe estava toda posicionada ao meu redor, Alok atrás de mim, e a minha mãe ao meu lado. Dra Erica pediu para colocar a mão e sentir a cabecinha dele. Isso, sem dúvidas, me deu mais coragem. Com toda a minha garra, eu supliquei que ele viesse logo, e com toda a minha força, eu fiz tudo o que podia para trazê-lo ao mundo e para os meus braços. É impossível descrever o que eu senti quando percebi que o Ravi estava saindo, e com as minhas próprias mãos trouxe para o meu peito, abraçando e sentindo um amor inexplicável. Depois que o cordão umbilical parou de pulsar o Alok emocionado fez o corte, foi o momento que mais sonhei, e estava acontecendo, que alegria! Nada que eu diga aqui vai conseguir traduzir os meus sentimentos, e também o meu alívio por estar ali, com ele, conectados. Te amo eternamente meu filho, você foi valente e seu sei que você fez de tudo para esse momento chegar, mostrando que estava bem e que poderíamos seguir por essa via de parto. Foi lindo vivenciar tudo isso. E sim, doeu muito, mas eu faria tudo exatamente igual, foi incrível ver e sentir o poder da natureza agindo!”.


Por: Gabriela Bertoline, filha de Maria José e Marcel 

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