As sardas são pequenas manchas que ocorrem, normalmente, no rosto. Podem surgir em outras áreas também, como braços e ombros. A exposição frequente de algumas partes do corpo ao sol pode causar um aumento da formação de melanina, fazendo surgir então, essas pigmentações. 

Apesar de serem mais comuns em pessoas de pele mais clara, essas marcas podem aparecer em peles escuras também. Sardas não significam prejuízo à saúde, elas são cientificamente chamadas de efélides e são manchas benignas, portanto não desenvolvem nenhum tipo de câncer de pele, mas ainda assim, exigem cuidados.

Podendo aparecer a partir dos três anos de idade, as pigmentações demonstram que a pessoa ficou exposta aos raios ultravioletas sem proteção por um longo período. Evitar esse tipo de exposição pode prevenir o surgimento dessas manchas benignas e de outras não tão simples também. 

O uso do protetor solar é essencial para proteger as marcas já existentes, para que não se agravem. Além disso, existem também alguns procedimentos para tratar as sardas, ajudando a clarear a pele que já escureceu. Mas atualmente, as pessoas não procuram evitar o fenômeno das manchas no rosto, e sim, o desejam.


O desprezo virou admiração 

Motivos de muita crítica, piadas e bullying na fase da infância, as crianças procuram esconder as sardas. O uso de maquiagem em excesso é comum para cobrir as manchas que causam vergonha. 

Nos últimos anos, campanhas nas redes sociais incentivando a beleza natural trouxeram as sardas como uma nova tendência. As pessoas que tanto escondiam as marcas, se sentiram à vontade para expô-las, e quem não tinha, começou a procurar meios de conseguir as famosas pintas. O que era constrangimento se tornou cobiça.

Tatuagens, tanto definitivas quanto temporárias, que simulavam a presença de sardas viralizaram. Adesivos, maquiagens e tutoriais de como reproduzir as manchas fizeram sucesso entre famosas, influenciadoras digitais e o público. O incentivo a beleza natural acabou levando a uma nova moda artificial. 

Uma segunda tendência que surgiu é a maquiagem de “sardas arco-íris”. Colocando as pintas com tintas e maquiagens de diversas cores, o sucesso foi mais comum no Brasil em época de carnaval. As sardas coloridas podem ser feitas até mesmo com glitter. 


Cada um com sua beleza

Apesar do sucesso das sardas, sejam naturais ou artificiais, isso não significou a aceitação individual de todos que as possuem. Muitas pessoas ainda escondem as marcas do corpo.

Cada pessoa tem a pele de uma tonalidade, uns tem pintas, outros não, alguns tem a pele mais uniforme, outros não. Entender que todos somos diferentes e reconhecer suas próprias características faz parte da criação de uma identidade única, só sua. 

A presença de sardas requer maiores cuidados com a pele, mas não significa que elas devem ser escondidas ou rejeitadas. Exiba sua manchas naturais para o mundo, com proteção, claro, mas com orgulho. 

Ainda para aqueles que não têm a tal pigmentação aparente na pele, é importante saber que, independente disso, o uso diário da proteção solar continua sendo essencial.


Por Giulia Freitas, filha de Eliane e Paulo

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