Algas que faziam fotossíntese e transformam dióxido de carbono (Co²) em oxigênio (O²) foram o que deu início para o projeto da designer e estilista canadense-iraniana Roya Aghighi que fez uma roupa sustentável.
Uma parceria entre duas universidades, a University of British Colombia (UBC) e a Emily Carr University, foi desenvolvida uma pesquisa que criou uma técnica, que foi chamada de biogarmentação, que produz um tecido que é fabricado a partir de células vivas que são a matéria-prima das peças.
Os modelos são feitos com células vivas (Foto: reprodução/ Gazeta do Povo/ Roya Aghighi)
Segundo, Roya: “A alga verde unicelular Chlamydomonas reinhardtii é fiada juntamente com nanopolímeros”. O que resulta em um tecido que é muito parecido com linho, mas pode ser considerado vivo, porque tem a capacidade de fazer fotossíntese. Então as células respiram e transformam o dióxido de carbono em oxigênio.
O processo de biogarmentação tem início quando o tecido é exposto à luz do sol. Então para a roupa “sobreviver”, é preciso borrifar água uma vez por semana. Porém, o ciclo de vida do tecido dura apenas um mês, mas a pesquisadora fala que o tempo de vida pode ser estendido se tiver o cuidado certo.
Roya explicou que a roupa tem função de melhorar o ambiente em que quem usa está, porém quando usado em massa é capaz de reduzir as emissões de carbono. "Ao tornar os têxteis vivos, os usuários desenvolvem um apego emocional às suas roupas. O ciclo de vida do tecido vivo depende diretamente de como é tratado. Assim, o cuidado com as roupas seria parte crucial do sistema", afirmou a pesquisadora. É uma opção para o futuro das crianças do futuro. Fica a dica para os pais que podem inovar no guarda-roupa dos pequenos.
Por: Gabriela Bertoline, filha de Maria José e Marcel
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