Jasmine e Donna Francis-Smith são o primeiro casal lésbico que conseguiram ter um bebê que foi gerado pelas duas. O menino Otis nasceu sem complicações em um hospital na Inglaterra, graças a uma técnica que é conhecida como "maternidade compartilhada".

Essa técnica consiste em fazer uma fertilização in vitro com o óvulo de uma das mães e o esperma de um doador. Assim, o embrião é colocado em uma cápsula que é inserido dentro do útero da própria doadora, e fica lá por 18 horas.

De acordo, com os médicos da Clínica Feminina de Londres, o procedimento ajuda o desenvolvimento inicial do embrião, e aumenta a probabilidade da fertilização ter um resultado positivo. Depois de 18 horas, essa cápsula é retirada do útero da mãe biológica e colocado no ventre da outra, que vai gerar o bebê durante os próximos nove meses. 

Segundo Giuseppina Lamanna, ginecologista que acompanhou e supervisionou o tratamento do casal, afirmou que o procedimento ajuda as duas mães a criarem laços afetivos com a criança. "O método da "maternidade compartilhada" une cuidadosamente as contribuições das mães na criação do bebê, uma fonte de enorme satisfação para muitas lésbicas e casais heterossexuais que vemos em nossa clínica", contou ao Metro.

Esse procedimento já tinha sido feito anteriormente, mas nunca em membros de um só casal. No caso das britânicas, Donna doou o óvulo e no começo da gestação ajudou no desenvolvimento do pequeno Otisç, enquanto Jasmine o gestou durante as semanas necessárias.

"Definitivamente, isso nos aproximou emocionalmente. De qualquer forma, somos um casal próximo, mas também temos um vínculo especial com Otis, o que foi ajudado pela maneira como o geramos", falou Donna, ao The Telegraph.


Por: Gabriela Bertoline, filha de Maria José e Marcel

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