Amamentar é um ato que aproxima. É fonte de nutriente e faz com que a mãe estabeleça uma relação física intensa com o bebê a partir dos primeiros dias de vida. Desde o colostro, o leite inicial que se assemelha a um soro, ele tem um poder enorme. 

Por isso, é importante prezar por esse ato e garantir a amamentação exclusiva. O aleitamento pode sim trazer muitos benefícios para o seu filho, mas pode ser prejudicial se não seguir as recomendações médicas

Vamos partir do ponto inicial e desmentir o maior mito que existe sobre o tema: não existe leite fraco! Assim como nenhum bebê é igual ao outro, o leite também, até para atender às necessidades particulares de cada um. O seu tem tudo o que seu filho precisa.

Será capaz de oferecer um alimento altamente rico em anticorpos e vitaminas para o o seu bebê. Acima de tudo, ele é próprio para o que ele precisa. Por exemplo, a mãe de um prematuro terá um leite apropriado para eles. 

O aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida é fundamental para o desenvolvimento dos pequenos. Um ato simples no início da vida faz diferença para todo o caminho daquele ser. 

O corpo é uma máquina muito mais incrível do que imaginamos e ele sabe adaptar o organismo da mãe às particularidades do bebê e prover todo o necessário. Vários estudos já comprovaram isso. 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Programa das Nações Unidas para a Infância (Unicef), cerca de seis milhões de vidas de crianças são salvas anualmente devido ao aumento das taxas de amamentação exclusiva até o sexto mês de vida. 

Não à toa, o Ministério da Saúde recomenda que as crianças sejam amamentadas dessa forma até os seis meses, mas que continuem com o aleitamento até completar dois anos de idade. 


Amamentação cruzada, nem pensar

Reforçando tudo o que já foi dito acima, tanto a OMS quanto o Ministério da Saúde não recomendam a amamentação cruzada, ou seja, quando outra mulher, que não a mãe do bebê, o amamenta. 

Essa ação pode colocar a vida do seu filho em risco, já que além de transmitir vários nutrientes para o bebê, o leite também pode passar algumas doenças, a exemplo do HIV, que causa a AIDS. 

E não vale aquela desculpa de “é uma conhecida/parente/amiga, eu confio”. O ato ainda é perigoso, pois não depende da boa vontade nem sua nem dessa segunda pessoa. Pode parecer exagerado, mas só você pode oferecer a ele o que precisa neste momento. 


E se eu não posso amamentar

Independentemente do motivo para não conseguir produzir leite ou amamentar o seu filho, há sim outros caminhos, que não a amamentação cruzada e extremamente seguros e recomendáveis. 

Os bancos de leite humano são as principais saídas. Além de passar por um cadastro rigoroso para que uma mãe possa se tornar doadora, o material é submetido a um processo de pasteurização, em que são retiradas todas as impurezas. Dessa forma, não será capaz de transmitir qualquer doença. 

Então, caso tenha alguma conhecida, amiga, parente querendo te ajudar, você pode sugerir a doação. Há vários BLH (Banco de Leite Humano) e ela pode escolher o mais próximo e te apoiar da melhor maneira possível. 


Por: Yulia Serra, filha de Suzimar e Leopoldo

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