“Se as palavras ensinam, os exemplos arrastam”, esse provérbio resume bem a ideia do texto a seguir. Como pai e mãe, vocês são as primeiras e maiores referências do seu filho e isso é uma grande responsabilidade.
Principalmente, porque esse exemplo vai muito além do que é dito, mas funciona pelo que é feito. A imitação é a forma mais primária e básica de aprendizado. É uma questão social e até instintiva de sobrevivência.
Por isso, é fundamental que seu discurso tenha coerência com as suas ações. Se ele te escutar dizer algo, mas fazer outra coisa, ele irá repetir a ação. É a partir da sua maneira de reagir ao mundo que o seu filho irá se guiar.
Lembre-se. Você é a autoridade e figura mais respeitada por esse ser tão pequeno, então tudo o que fizer, ele tomará como o correto. Assim, ele pode reproduzir bons e maus hábitos, cabe a você fazer o filtro.
Não é só a genética que você passa aos bebês. Afinal, são suas atitudes que seu filho irá seguir até que tenha consciência suficiente para decidir quais são as prioridades e valores. E muito provavelmente, elas terão forte influência do que você ensinou.
Como ir da teoria para a prática
Pode parecer muita pressão, mas é mais simples do que parece quando aplica-se no dia a dia. Aproveite a oportunidade como uma chance de ser alguém melhor e não apenas por você, mas pelo seu filho.
Para dar o melhor de si para o seu filho, é preciso primeiro olhar para si mesmo e reavaliar alguns posicionamentos e modelos que deseja repassar. Confira algumas dicas para te ajudar no processo:
Defina suas prioridades e o que considera importante repassar: é dentro de casa que seu filho terá o primeiro contato social. Para te ajudar nos ensinamentos é legal se perguntar primeiro o que faz questão e acha importante que seu filho siga. A reflexão te dará um norte.
Mantenha seu ponto de vista: não é na primeira tentativa que a criança irá absorver todos os ensinamentos, por isso é importante ser constante nas suas ações. Não basta agir da melhor maneira por algum tempo e depois mudar de atitude, porque a criança não entenderá qual deve seguir e poderá considerar o mau exemplo.
Não basta dizer não, é preciso explicar o porquê: o diálogo é fundamental em qualquer relação, e não é diferente aqui. Faça com que ele entenda os motivos de tomar a atitude X e não Y. Assim, ele poderá reproduzir a ação em outra situações similares.
Culpa não!
Nesse contexto, é preciso ressaltar: você vai errar. É um ser humano como qualquer outro e faz parte. Perfeição não existe. Nessa hora, o melhor caminho é assumir, até para que seu filho entenda que os erros fazem parte da vida.
Pode parecer loucura, mas as crianças aprendem até com os maus exemplos e a honestidade ajuda. Seja a primeira a se perdoar. Assim, você não carregará essa carga negativa, mas irá encarar como uma oportunidade de crescimento.
Isso será repassado também para seu filho e quando ele se vir em uma situação assim, se sentirá confiante para compartilhar com você e tentar encontrar soluções para aquilo e não se culpar.
A frustração faz parte da vida e é bacana que seu filho não apenas encare isso como normal, mas conheça formas de solucionar o problema dentro da própria casa. Isso será útil para ele até a fase adulta.
Por: Yulia Serra, filha de Suzimar e Leopoldo
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