Damián Pighin e Ariel Vijarra se tornaram o primeiro casal gay a se casar na província de Santa Fé, na Argentina, em 2012. Os dois decidiram logo em seguida que queriam aumentar a família, mas a realização desse sonho não foi fácil.

O casal esperou três anos para receber uma ligação com a notícia de que uma bebê estava disponível para adoção, mas eles acabaram surpreendidos com a informação de que a menina de apenas 28 dias de vidatinha HIV e já havia sido rejeitada por dez famílias. Mas eles fizeram diferentes e decidiram levar a pequena para casa e deram o nome de Olivia.

"Nunca tivemos dúvidas. A primeira coisa que fizemos foi pedir autorização para visitá-la no mesmo dia", disse Damián a agência de notícias Infobae. "A conexão foi imediata. Nós a seguramos em nossos braços, demos a mamadeira e ela olhou para nós com os olhos bem abertos, sem chorar", contou Vijarra.

Olivia começou um tratamento contra o vírus que contraiu ainda na barriga da mãe logo após a adoção. Ela ganhou peso e começou a se desenvolver de forma saudável ao longo do tempo. Atualmente, Ela está com cinco anos, e a menina não tem mais os sinais do HIV no organismo.

"O tratamento foi com AZT, como fazem os adultos, já que não existem medicamentos antirretrovirais pediátricos. Ela se comportou como uma guerreira. Um ano e meio depois que ela nasceu, os infectologistas confirmaram que todos os exames deram negativo. Não tinha mais HIV, era saudável. Foi escolhida por Deus. É algo inexplicável ”, explicou o casal.

No ano seguinte, o casal adotou outra menina, a Victoria, que também tem cinco anos de idade. Após vivenciarem a experiência da adoção, os pais criaram uma ONG chamada "Acunar Familias", e ela ajuda na adoção de crianças e adolescentes no país todo. 



Por: Gabriela Bertoline, filha de Maria José e Marcel

Leia também:

Menino adotado por casal homossexual emociona internet

Corrida busca estimular adoção de crianças em acolhimento

O que uma pessoa que foi adotada quer que você saiba sobre adoção