As crianças passam por etapas de desenvolvimento e a família adora acompanhar cada novidade. Começar a falar é um passo muito significativo para todos ao redor, sem contar o quanto achamos encantador ouvir as primeiras palavras e frases. Mas se seu filho parece estar demorando para se comunicar verbalmente, como saber se está tudo acontecendo no tempo correto ou se ele possui algum tipo de atraso nesta função?

Dificuldades na fala podem ser mais comuns do que imaginamos. Cerca de 10% das crianças passam por esse atraso e existem vários aspectos que podem fazer isso acontecer. A causa pode se relacionar a algum tipo de disfunção, como por exemplo a perda da audição, e até mesmo o excesso do uso de eletrônicos e a falta de estímulo - ou seja, pouca conversa com adultos -  acabam sendo também motivos. 

Assim como outros processos do desenvolvimento infantil, o início da fala na vida pode variar de uma criança para outra. Mas existem algumas características que você pode perceber no seu filho para identificar se tudo ocorre como esperado. 

O ideal é que a partir dos 6 meses de idade o bebê comece a assimilar e prestar atenção nos sons ao redor dele. Isso já pode caracterizar que não existem problemas auditivos. Depois que completar o primeiro ano de vida, a criança deve começar a balbuciar as primeiras palavras, mesmo que ainda soem enroladas. Além disso, a compreensão de frases dos adultos também deve acontecer, quando a mãe pedir algo simples, o filho deve demonstrar resposta de entendimento.

Aos 18 meses, é possível perceber se há algum atraso ou não. O site Gazeta do Povo entrou em contato com médicos especializados para concluir que esta é a idade em que o vocabulário deve estar crescendo e a dificuldade pode ser realidade se a criança pronuncia menos de 15 palavras. Os profissionais também afirmaram que o ideal é que sejam faladas mais de 50 palavras depois do segundo ano de vida. 

Entre 2 e 3 anos, as frases mais simples começam a tomar forma. Nos anos seguintes, se não houver atraso, seu filho estará contando as primeiras histórias curtas e acompanhando as conversas da família. 

Caso a criança demonstre alguma dificuldade ou pareça estar ficando para trás em relação ao desenvolvimento explicado, é importante que os responsáveis procurem um médico da área que possa realmente diagnosticar se há um problema ou não. 

Como as causas são diversas, existem diferentes tratamentos para cada situação. Mas não precisa se desesperar à toa! Espere um posicionamento de especialistas e lembre-se de que, com o acompanhamento correto, seu filho logo estará conversando o dia todo.


Por Giulia Freitas, filha de Eliane e Paulo

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