Educar e ensinar valores para crianças parece muito complicado. Os pais, principalmente de primeira viagem, não sabem exatamente como e em que momento abordar certos assuntos, mas sem desespero! É um desafio que, no final, todos conseguem superar.
O desenvolvimento da empatia é essencial para que seu filho cresça sabendo se colocar no lugar do outro, para que ele tenha ações positivas e melhores relações no futuro. Não considere que essa é uma característica que já nasce conosco, é algo que estamos constantemente aprendendo a reproduzir. Por isso, a família pode orientar a criança para que ela se torne cada vez mais empática.
A infância é o momento ideal para esse aprendizado. Enquanto seu filho descobre o mundo e começa a formar relações, ele passa a compreender a compaixão e a reconhecer atos preconceituosos, discriminatórios ou ofensivos de modo geral.
Assim como vários outros aspectos, não existe uma manual perfeito de como ensinar empatia em casa. Cada mãe ou pai vai dar um toque especial nessa tarefa, mas separamos algumas sugestões que podem te ajudar nesse processo.
A busca pelo novo
A curiosidade é uma característica que pode ser super positiva. Ao se interessar por novidades, a criança acaba aceitando melhor mudanças e opiniões ou culturas diferentes. Um ponto importante é unir esse aspecto a comentários positivos, assim, seu filho entende que novas experiências são boas. Para estimular, procure elogiar mais quando ele prova algo inédito. Tudo pode começar com um “Que demais ver você comendo brócolis!” e terminar com a criança realmente encantada pelo alimento.
Reconhecimento
Para realmente entender se as atitudes que está tendo são corretas, a criança precisa desse tipo de “feedback”. Portanto, quando ela for gentil e respeitosa, valorize esse comportamento. Ela vai entender que esse é o ideal e se sentir incentivada a repetir condutas semelhantes.
Testando e se frustrando
Ao deliberar certa autonomia ao seu filho, ele toma algumas decisões simples, como por exemplo, quando e onde fará a lição de casa. Mesmo que ele escolha opções completamente opostas do que você considera ideal, é preciso deixar acontecer. A longo prazo, na prática, a criança começa a descobrir o que traz resultados e o que a prejudica no futuro. Se ela entende como lidar com esse tipo de frustração na base da tentativa e erro, é mais provável que ela se sinta solidária e ofereça apoio ao ver outra pessoa passando por situações parecidas.
Bagagem
Uma atividade interessante para fazer com um grupo de crianças é a “Atividade da Bagagem”. Em 2019, uma professora americana teve a ideia e aplicou em sala de aula. Ela pediu que cada aluno escrevesse em um papel alguma luta ou dificuldade pessoal que passou durante a vida sem se identificar.
Depois de espalhar os bilhetes pela sala sem que ninguém soubesse de quem era qual, cada estudante pôde pegar aleatoriamente e ler em voz alta uma das mensagens. Ao descobrir que todos tinham algo difícil que carregavam consigo, a professora diz que os alunos enxergaram de forma mais empática os colegas, pensando melhor na hora de fazer julgamentos ou até bullying.
Por Giulia Freitas, filha de Eliane e Paulo
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