Já se sabe que ficar junto com o bebê só traz resultados bons, como diminuir o estresse materno, facilitar a amamentação, e muitos outros. A novidade é que o contato pele a pele também pode ajudar recém-nascidos com a Síndrome de Abstinência Neonatal (SAN). Essa condição acontece em uma grande parcela de bebês de mães que usam drogas ou que foram tratadas com alguma substância sintética durante a gravidez.

Esse estudo foi liderado pelo Centro Médico Metrohealth, em Cleveland, nos Estados Unidos, onde recebe mais de 100 casos por ano de bebês que possuem a síndrome. “Nós sabemos que a mãe é a melhor medicina para o bebê e acreditamos que especialmente para essa parcela da população”, disse Leslie Logan, enfermeiro clínico do hospital e também um dos responsáveis pela pesquisa, para o portal News 5 Cleveland.

No centro onde ocorreu o estudo, a maior parte das mães já faz o contato pele a pele com o bebê assim que eles nascem. Elas tendem a ficar com os filhos por volta de uma hora depois do parto ou até mesmo a primeira alimentação. Isso para os recém-nascidos saudáveis. Já os que nascem com a síndrome, a pesquisa propôs que o método canguru fosse feito durante três a quatro horas por dia, por algumas semanas.

De acordo, com a Sociedade de Pediatria Brasileira “a posição canguru consiste em manter o recém-nascido de baixo peso em contato pele a pele, na posição vertical, junto ao peito dos pais”.

Os pesquisadores observaram resultados muito positivos. “O Método Canguru reduz a ansiedade, o estresse, e praticamente elimina a dor, o choro e a angústia dos bebês”, afirmou o Dr. Susan Ludington, que é professor de enfermagem pediátrica na Universidade Case Western Reserve.


Por: Gabriela Bertoline, filha de Maria José e Marcel

Leia também:

Bebê amamentado = bebê inteligente. Conheça o estudo

Três estudos apontam os efeitos que as telinhas podem ter nas crianças

Na contramão do digital: estudo aponta que estudantes aprendem mais quando lêem conteúdos impressos