Um transexual deu à luz ao filho e está lutando para ter o direito de se registrar como pai do menino. O caso que Freddy McConnel está passando é esse, ele nasceu com um sexo biológico diferente do seu atual gênero, mas manteve seus órgãos reprodutores e teve um bebê.
Ele que tem 32 anos e é morador da cidade de Kent, na Inglaterra tem lidado com certa discriminação. Freddy recorreu a uma clínica de fertilidade, querendo fazer uma inseminação artificial para ter o primeiro filho. Ao registrar a criança, foi negado o pedido, mesmo tendo os documentos alterados.
A decisão foi tomada pelo juiz Andrew McFarlane, da alta corte de família da Inglaterra. No país europeu, não existe uma legislação que define o conceito de maternidade ou paternidade. Essa recusa foi justificada citando os órgãos reprodutores femininos e o fato de ter acontecido um parto.
No Brasil, a discriminação também ocorre, a luta por direitos enfrenta muita resistência no Congresso. Das iniciativas, a única que consta como um decreto nacional é o direito a ter o nome social registrado em determinadas situações.
O Brasil lidera o ranking mundial de homicídios contra trans. Com pelo menos uma pessoa transesual morta a cada três dias. Hoje, para conseguir documentos adequados ao seu perfil, essas pessoas precisam recorrer à Justiça, enfrentando um longo e burocrático processo.
Por: Gabriela Bertoline, filha de Maria José e Marcel
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