A gravidez é um momento especial tanto para mãe, quanto para o filho. Isso não é novidade, mas um estudo realizado pelo King’s College London provou que essa relação é ainda mais importante do que se imaginava.
Os pesquisadores descobriram que tudo o que a mãe sente se reflete no feto, inclusive o estresse. De acordo com o trabalho, uma mãe exposta a altos níveis de tensão e irritação pode comprometer o desenvolvimento cerebral do bebê prematuro.
Dessa forma, descobriram que essas crianças ficam mais propensas a vir a ter doenças tais quais ansiedade, assim como comportamentos antissociais e transtorno obsessivo (TOC).
Isso acontece pela presença de duas substâncias principais. A primeira é a alta quantidade de cortisol, popularmente apelidado de hormônio do estresse, que chegaria até o bebê através da placenta. Já o segundo, é a noradrenalina, ligada ao humor, ansiedade, alimentação e sono.
Além delas, também tem outros itens que influenciam, mas neste caso, com a falta deles, como a dopamina e serotonina, referentes a felicidade.
Para chegar nesse resultado, foram entrevistadas 251 mães de bebês prematuros (que vieram ao mundo com 23 a 33 semanas) e foram submetidas a situações estressantes, como demissão ou divórcio.
As principais mudanças foram detectadas na parte da cérebro que liga a amígdala ao córtex pré-frontal, ou seja, a região responsável pelas emoções, aprendizagem e memória.
O estudo foi publicado na revista Biological Psychiatry, mas é só o começo das análises sobre o assunto. Os pesquisadores já divulgaram que novos trabalhos serão feitos para ver os efeitos dessa alteração no futuro desses bebês.
Por: Yulia Serra, filha de Suzimar e Leopoldo
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